A fascite plantar é uma condição comum que causa dor e desconforto no calcanhar, especialmente de manhã ao dar os primeiros passos. Isso ocorre devido à inflamação da fáscia plantar, um ligamento fino e longo que percorre a parte inferior do pé, logo abaixo da pele, e conecta o osso do calcanhar aos dedos.
A fáscia plantar funciona com um absorvedor de estresses, amortecedor, na sola do pé. Em condições de alta solicitação mecânica a fáscia plantar torna-se inflamada e dolorosa. Em casos extremos a fáscia pode até romper.
Fatores de risco par desenvolver fascite plantar:
Alteração na atividade física – atividade nova ou incremento n o treino
Atividade de alto impacto repetitiva – corridas ou saltos
Ficar em pé por tempo prolongado em piso duro ou sapato duro – sapatos de proteção duros
Pés planos ou pés cavos
Encurtamento dos músculos da panturrilha
Obesidade
Idade – mais comum entre 40 e 60 anos
Os sintomas da fascite plantar podem incluir:
Dor e rigidez na sola do pé na região do calcanhar, especialmente ao dar os primeiros passos pela manhã ou após períodos de descanso.
Dor que melhora com a caminhada, mas piora novamente após permanecer em pé parado ou caminhar por longos períodos.
Dor na região do calcanhar após exercício prolongado
Sensibilidade a palpação ao longo da parte inferior do pé, especialmente perto do calcanhar.
Exames para investigação:
O exame radiográfico é suficiente para o diagnóstico para avaliação da fascite plantar, a imagem radiográfica pode revelar um esporão calcâneo que não é a causa da dor, já que a maioria das pessoas que tem esporão no calcâneo não tem dor. A função da radiografia é excluir outras causa de dor como a artrite das articulações adjacentes ou fraturas.
A tomografia computadorizada ou a ressonância magnética não são necessárias na avaliação inicial e normalmente são utilizadas quando o paciente não melhora com o tratamento inicial.
Opções de tratamento:
O tratamento da fascite plantar geralmente envolvem uma combinação de medidas de autocuidado e intervenções médicas. 90% dos pacientes melhoram nos primeiros 10 meses após o início de formas simples de tratamento. Estas medidas podem incluir:
Repouso: Evite atividades que exacerbem a dor e dê tempo para o pé se curar. Pare as atividades em pisos duros. Ciclismo ou natação são boas opções para não parar as atividades.
Terapia com gelo: Aplicar gelo na área afetada pode ajudar a reduzir a inflamação e aliviar a dor. Cuidado para não provocar uma queimadura na sola dos pés com o gelo,
Exercícios de alongamento: O alongamento suave dos músculos da panturrilha e da fáscia plantar pode ajudar a aliviar a tensão e promover a cicatrização.
Dispositivos ortopédicos: Suportes para arco ou almofadas para o calcanhar (calcanheira de silicone) podem fornecer amortecimento e suporte para reduzir a tensão na fáscia plantar.
Calçados adequados: Usar sapatos com suporte adequado e bom amortecimento pode ajudar a prevenir irritações adicionais.
Fisioterapia: Um fisioterapeuta pode fornecer exercícios e técnicas especializadas para melhorar a flexibilidade e a força no pé e no tornozelo.
Medicamentos: Anti-inflamatórios não-esteroides (diclofenaco, nimesulida) podem ajudar a reduzir a dor e a inflamação.
Em casos mais graves, quando as medidas conservadoras não proporcionam alívio, outros tratamentos, como injeções de corticosteroides ou ortobiológicos podem ter efeito. Os medicamentos corticoides podem danificar a fáscia plantar e estudos clínicos demonstram a superioridade das injeções de ortobiológicos frente o corticoide no controle dos sintomas. Antes das injeções a terapia por ondas de choque extracorpóreas (ESWT) e a terapia diamagnética podem ser utilizadas - ambas são não-invasivas e indolores. A cirurgia raramente é necessária e geralmente é reservada para casos que não respondem a outros tratamentos.
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