O que é síndrome espinopélvica?
A bacia e a coluna tem uma íntima relação. O posicionamento ou movimentos da coluna podem influenciar o posicionamento ou movimentos do quadril e vice-versa, sendo assim afecções da coluna podem gerar problemas no quadril e vice-versa. Na síndrome espinopélvica há coexistência da afecção da coluna lombar e do quadril gerando confusão sobre a real fonte geradora de dor, pois tanto a coluna como o quadril podem irradiar dor nas mesmas regiões do corpo.
Como assim qual das duas é a real geradora da dor?
Nosso corpo é capaz de funcionar de forma adequada e indolor mesmo que a estrutura solicitada (tendão, ligamento, cartilagem, músculo...) não esteja em perfeito estado. Há uma reserva de função em que um tendão mesmo que apresentando alterações estruturais pode trabalhar de forma adequada. E aí que surge a grande confusão, na síndrome espinopélvica havendo afecção tanto no quadril como na coluna, não obrigatoriamente as duas estruturas são causadoras da dor. Geralmente uma delas tem uma parcela de culpa maior nos sintomas dolorosos do paciente e o tratamento adequado depende da identificação desta estrutura.
Como identificar a fonte geradora de dor?
Os exames de imagem como radiografias e ressonância magnética (RM) são importantes aliados no auxílio diagnóstico da síndrome espinopélvica. A ressonância magnética em particular é uma exame muito sensível e muito raramente você verá uma laudo deste exame com a conclusão "exame normal", a menos que você tenha menos de 20 anos de idade. Os laudos de RM vem mostrando um série de alterações que muitas vezes não tem absolutamente nada a ver com a dor paciente.
Como saber se as alterações dos exames de imagem correspondem a fonte geradora de dor?
Aqui entra a figura do médico ortopedista que através da história e do exame físico será capaz de julgar se as alterações visualizadas nos exames de imagem são condizentes com os sintomas do paciente.
Conclusão:
Existem múltiplas causas de dor espinopélvica. Os exames de imagem são importantes aliados no diagnóstico, mas muitas vezes podem atrapalhar o tratamento devido ao número excessivo de informações que fornecem. A conclusão diagnóstica cabe ao médico que realizará a conexão entre os sinais e sintomas do paciente e os exames de imagem.
O diagnóstico correto é o primeiro passo para um tratamento adequado.
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